Weeds colocou o pé no acelerador.
No 7x03 Nancy teve uns ataques inexplicáveis de sorte. Mas como a sorte não bate duas vezes na mesma porta, eis que agora ela ficou sem chão pra pisar. O que foi bom, aliás, excelente para os fãs da série. Finalmente nós tivemos um episódio mais ágil, intenso e bem... tivemos um episódio do estilo de Weeds.
Estilo clássico de Weeds. “Poliamores” entraram na história, o novo chefe de Nancy já jogou suas más intenções para cima dela, o cara lá do Afeganistão que fez um buraco no “niqab” da cunhada foi explodido pela própria esposa... e assim finalmente damos as boas vindas para a série do jeitinho que queríamos.
O novo advogado de Nancy é mais um louco que veio incrementar o hall da vida dela. É. O cara faz casos pro bono só para ouvir as histórias macabras que seus clientes contarem... normalidade aqui passou longe. E dona Botwin, ou se preferir, Freira Botwin, logo põe pra fora todo o sofrimento consequente de receber uma caixa com algum “pertence” do “marido assassinado”. Ri demais da novelinha da madame.
Enquanto isso, as sobrinhas mostram que receberam todo o gene da “insurpotabilidade” de Jill, a irmã de Nancy. Pra melhorar um pouco a situação da custódia forçada, a mãe original acaba não conseguindo dar o dinheiro para a mão falsa colocar o filho na escola. Ver o rosto da Nancy por alguns segundos foi suficiente pra perceber toda a angústia dela. Ela é a mulher que foi para a cadeia por um filho. Ela é a mulher que assumiu um assassinato publicamente por um filho. Esta é a mulher que não tem condições de estar perto de um filho agora, como também não consegue provê-lo financeiramente. Maldita hora para o cara do Afeganistão pegar a cunhada.
Quem (como eu) ficou tentando imaginar Shane no banco da escola pode esquecer a idéia. Desde quando dinheiro na mão dessa família foi para outra coisa senão maconha? A tentativa de Shane de reconstruir o quarto de Agrestic para a mãe foi a coisa mais linda... mas pra variar, o dinheiro do menino acabou servindo para incluí-lo nos negócios da família.
Por sinal, tais negócios vão engrenar. Silas saiu distribuindo amostra grátis pela cidade enquanto a mamãe sujava a ficha do traficante em ‘exercício’. A partir daí, 42 mensagens no celular já mostravam cliente sedentos procurando por um novo fornecedor. É venda acontecendo. É dinheiro entrando em caixa. Mas agora não tem maconha pra vender! Maldita hora para o cara do Afeganistão pegar a cunhada [2].
A relação de Nancy com o resto do mundo é na base da manipulação. Quem vive ao redor dela já aprendeu isso. Mais as vezes parece que ela só quer sobreviver. Na 1ª temporada Andy insistiu em ficar com ela e participar dos negócios mesmo quando ela não queria. Silas, da mesma forma, chantageou a mãe e, inclusive, a colocou em risco de vida depois de sumir com uns quilos de maconha que ela devia. Shane podia ter ficado em Copenhagen, mas assim que soube da liberdade dela, voltou correndo sem nem piscar. Apesar disso eles vivem reclamando das ordens dela como se estivessem subjugados. Mais na verdade cada um deles já teve a oportunidade de seguir em frente e fizeram justamente o contrário.
Acaba que Nancy tem que lutar pela sobrevivência dela e deles. Tem que tomar decisões por ela e por eles. E na hora que a coisa aperta é ela que se joga na frente para protegê-los. De forma previsível ou não, ela acaba conseguindo manter a família debaixo de suas asas. E é assim que a gente sabe que, mais cedo ou mais tarde, Jill vai ter que parar de fazer farra com a cria da Nancy. Porque essa mamãe aqui já provou que ninguém mexe com aqueles que pertencem a ela.
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